Tática pouco convencional encurtou mais de 2 horas do recorde mundial.
Speedrunners japoneses descobriram uma maneira nada ortodoxa de melhorarem seus tempos em glitch runs do RPG clássico Dragon Quest III: brincar com a temperatura do videogame.
Conforme reportado pelo site Kotaku, a comunidade de fãs do game descobriram em agosto deste ano um glitch que maximizava os atributos de todos os membros da sua equipe.
O processo para ativar o glitch, porém, é complicado: quando o game está salvando seu progresso em um determinado ponto, é preciso pressionar os botões de desligar e reiniciar o Famicom de maneira simultânea. Dependendo da sorte do jogador, o jogo pode então ser reiniciado em um estado que ativa o glitch - mas não é garantido.
Desde então, outros jogadores descobriram que superaquecer o console com a ajuda de placas de calor aumenta as chances de conseguir o glitch com sucesso. Alguns estão deixando as superfícies de seus sistemas a 80º C.
A explicação é simples: por causa do tipo de componentes utilizado no Famicom, a memória do sistema fica mais volátil quando submetida a temperaturas mais altas - o que, por sua vez, aumenta a chance de erros de cálculo.
Por conta da nova descoberta, o recorde mundial de glitch runs do Dragon Quest III caiu de 2h36min14s (datado de 2017) para apenas 22min07s no último fim de semana.
Em resposta a usuários preocupados com a saúde dos Famicoms alheios, o speedrunner Hitshee - um dos que estão na corrida pelo recorde mundial - disse que joga com medidas de segurança, e que sabe consertar o hardware caso algum problema mais sério ocorra.
fonte: The Enemy
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